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A Nossa Freguesia

A Nossa Freguesia (7)

Situada junto à casa paroquial e à fonte da Vila de Alcanede, fazendo a travessia da ribeira de Nede, a nossa ponte é um dos monumentos de referência da nossa freguesia.

Ponte romana, ou ponte da ribeira de Alcanede, possivelmente construída no séc. III, é conhecida por estar num dos caminhos mais antigos que ligava a cidade de Santarém a Porto de Mós. Esta ponte foi classificada como uma obra romana, embora de forma conjetural, pela Direcção Geral Monumentos Nacionais, sendo uma obra em aduela de cantaria e tabuleiro inclinado, com três arcos e abóbada, dando-lhe assim um perfil característico.

Curiosidade:

Segundo se diz, partindo desta ponte seguindo junto à ribeira, existia uma via até Aldeia D'além, dita estrada dos Bispos, visto que a propriedade que esta atravessava ter pertencido em tempos a um Bispo.

Desde o começo do Séc. XII, os castelos portugueses foram construídos cuidadosamente de forma a assegurar a segurança e integrabilidade de territórios conquistados. Apesar de ser desconhecida a data de construção do castelo de Alcanede, sabe-se que a fortaleza alcanedense possuía essas mesmas funções, de apoio às populações recém-instaladas e à defesa dos territórios adjacentes.
Esta fortaleza teve grande importância na defesa dos territórios nacionais no decurso do séc. XIV, substituindo-se esta função pela obrigação de proteger terras scalabitanas e numa segunda linha a cidade de Lisboa.

Um dos marcos importantes para o nosso castelo foi a sua doação realizada pelo rei D. Sancho I ao Mestre da Ordem de Avis, Gonçalo Viegas, por volta do ano de 1201.

Sabem-se de diversas obras realizadas no castelo de Alcanede nomeadamente nos anos 1370, a pedido do Concelho de Alcanede ao rei D. Fernando, conhecendo-se ainda obras de manutenção nos finais do séc. XV. Porém em 1538 face à evolução política e económico o castelo de Alcanede perdera a sua utilidade, não havendo preocupação pela sua reconstrução, sendo assim deixado à sua sorte.
Deste modo, apenas entre 1941 e 1954 se iniciou de novo a reconstrução do castelo integrado no plano de restauro dos monumentos nacionais, empreendido pelo Estado Novo, obra que lhe conferiu o aspecto que conhecemos hoje.

Atualmente o castelo é composto por duas torres, separadas por um pátio central, rodeado de adarves, assente sobre uma cisterna abobadada. A entrada é feita por uma porta em arco de volta perfeita encimada por uma cartela heráldica. No seu interior, existe ainda uma torre de menagem, uma torre de albarrã e tem adossados três cubelos. O castelo é envolvido por uma barbacã, actualmente representada por um muro simples. (imagens abaixo apresentadas)

Em 2008 a CMS decidiu aceder ao diversos pedidos realizados pela Junta de Freguesia de Alcanede efinanciou a colocação de diverso imobiliário urbano e de jardim no castelo de Alcanede, nomeadamente umas escadas de acesso ao castelo, caixotes do lixo, bancos de madeira e uma mesa de piquenique.

Em 2013 a DGCP realizou uma intervenção num dos locais do muro da barbacã do castelo, prevenindo a infiltração da água e consequente desmoronamento. No decorrer dessas obras, decorreram ainda alguns estudos arqueológicos, onde foram encontrados alguns artefactos referentes a épocas medievais.

Os acessos ao castelo de Alcanede podem ser feitos, tanto pedonalmente como por via automóvel.

Curiosidade:
Durante a Idade Média o Castelo servia de prisão, segundo consta numa carta de perdão de D. Afonso V de 1446.

A Igreja Matriz de Alcanede foi Comenda da Ordem de Avis. Segundo diversas opiniões o fundador desta igreja foi D. Afonso Henriques, que terá feito por volta de 1163, data da doação régia do foro eclesiástico da Vila alcanedense ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.

No ano de 1300, D. Dinis doou a Igreja de Santa Maria de Alcanede à Ordem de Avis.

A nossa igreja Matriz sofreu diversas obras ao longo dos anos. Durante a segunda metade do século XVIII foi objeto de uma profunda remodelação que lhe deu o aspecto que tem hoje. Não esquecendo também as obras datadas de 1874, segundo a data inscrita numa pedra no muro que delimita o adro, as quais altearam o corpo da igreja.

Actualmente a Igreja Matriz de Alcanede é um templo de uma só nave, com tecto de três planos em madeira, Capela-mor em arco perfeito com abóbada decorada com estuques, ladeado por duas capelas em arcos idênticos, de reduzida profundidade. Trata-se de uma construção com algumas características barrocas, evidenciando ainda assim alguns vestígios da antiga arquitetura da igreja. As paredes laterais da capela-mor são decorados a painéis de azulejo do período joanino e também com cenas naturalistas, tendo o seu teto decorações em estuque. Exibe-se ainda uma tela de grandes dimensões, que oculta a boca da tribuna e o respectivo trono, a qual representa a "Última Ceia", do pintor José Machado Carreira, de 1877. O referido templo é rico em azulejo, tendo diversos padrões, característicos do azulejo português.

A Igreja possui imagens de Santa Clara (no altar esquerdo da nave), de São Francisco de Assis (em frente à imagem de Santa Clara), representação do Sagrado Coração de Jesus (no retábulo do lado direito da capela-mor) e do lado direito da capela-mor da padroeira da Igreja Matriz: Nossa Senhora da Purificação.

Exteriormente a Igreja Matriz de Alcanede tem um ar altivo, tendo uma torre sineira, onde o sino é visível em três dos seus lados, e uma cruz de Cristo no seu topo. É acompanhada ainda de dois enormes pinheiros mansos de ambos os lados, imagem que a caracteriza.  

Curiosidades:

Igreja Matriz de Alcanede na idade média era conhecida por Santa Maria de Alcanede e nos finais do século XVI por Nossa Senhora da Conceição. A porta lateral existente a meio da nave, virada para sul, antigamente seria apelidada de "Porta do Sol".

O pelourinho, erguido no que era o centro cívico-político do antigo município de Alcanede, representava a autonomia do concelho.

Não se sabe ao certo a data da construção do pelourinho, sabe-se sim que foi edificado em 1883 como um sinal de orgulho da instituição municipal que existiu em Alcanede. O actual exemplar substitui um outro mais antigo representativo do poder concelhio.

O presente pelourinho é construído em calcário da região e está assente sobre um soco circular de três degraus. Imagem no topo é uma figura representativa de D. Afonso Henriques, desde 17 de Julho de 1988, data em que foi substituir uma outra imagem em cerâmica anteriormente destruída por um temporal.

 

Curiosidade:

Ao contrário do que se pensa o pelourinho não possuía qualquer função punitiva.

Situadas em Vale da Trave, Freguesia de Alcanede, o Algar do Pena, são uma das maravilhas que a nossa freguesia tem para lhe oferecer.

Descoberto em 1985, pelo Sr. Pena enquanto trabalhava na sua pedreira perto de Vale de Mar (atual localização da gruta), estas galerias são um dos fenómenos da natureza que vale a pena conhecer.

Construidos acessos para a visitação da mesma, poderá conhecer este lindíssimo espaço sendo acompanhado de material tecnologicamente avançado que lhe dará a conhecer as diversas curiosidades desta galeria.

Faça uma viagem ao interior da terra na freguesia de Alcanede no Algar do Pena.

Outrora existiu na serra de Mata do Rei uma pequena ermida à qual os populares davam o nome de “Casinha da Senhora”. A sua existência estava ligada a uma lenda acerca da padroeira da capela do lugar, Nª Sra das Neves, cuja imagem de pedra terá sido encontrada em plena serra próximo do lugar e onde mais tarde terão erguido uma pequena ermida.
A lenda resume-se a este pequeno relato;
Em tempos muito antigos, um carvoeiro que fazia carvão de urze no meio da serra para vender na feira de Santarém, preparava-se para escavar um buraco quando ouviu uma voz feminina avisá-lo de que não escavasse naquele lugar porque ali nasceria água. Incrédulo o homem escavou, e em verdade, nasceu água naquela escavação em plena serra! (O registo actual daquele pedaço de terra tem o nome de “Lagoinha”).Assustado o carvoeiro desceu a serra em direcção ao lugar para contar a todos a boa-nova, e a população que era muito devota organizou-se imediatamente em peregrinação de candeias pela serra acima. No caminho começou a chover e o vento soprou de tal forma que todas as candeias se apagaram. O povo assustado e prestes a desistir com receio de tamanha aventura começou a recuar no seu propósito, mas o carvoeiro convicto da sua cena “milagrosa” insistiu, e nessa hora, quando tudo ficou às escuras, todos ouviram aquela voz celeste que lhes disse para continuarem a caminhada porque a luz haveria de aparecer! Nessa hora a fé falou mais alto e o povo continuou acompanhado de um clarão que provinha do local onde o carvoeiro tinha escavado; muito perto daquela pequena cova descobriram a imagem de pedra da Nossa Senhora das Neves, onde ergueram uma pequena ermida feita com 3 ou 4 lages. Dali trouxeram a santa para a capela do lugar, de onde a mesma vigia até hoje os moradores de Mata do Rei.

A Capela de Mata do Rei data da década de 1630, o que nos leva a concluir que esta história é bastante anterior.

No ano de 2005, existia nos moradores um grande desejo de reencontrar a Capelinha entretanto engolida pelo mato e de abrir o acesso que permitisse a todos visitar aquele lugar que tinha sido de culto.

Para os moradores mais antigos com cerca de 80 anos, aquele lugar estava repleto de memórias mas para os restantes, a capelinha desconhecida era apenas uma lenda.
Após o estudo das cartas da área, a Junta de Freguesia de Alcanede, e com a ajuda de vários homens que tinham já batido a serra uns dias antes, por entre chuva, cascalho e muito mato, ao 2º dia de buscas, no dia 11-12-2005 encontrou os escombros da capelinha!

Todos os esforços foram reunidos, foi aberto um extenso “carreiro” que logo permitiu a todos celebrar a festa da Nossa Senhora das Neves no cimo da serra no dia 8 Janeiro de 2006 com a preciosa ajuda do Padre Nuno Pena que muito apoiou a iniciativa desde o seu início. Depois veio o projecto de angariação de fundos para a reconstrução da capela, e com ele também, a abertura da estrada que hoje permite o acesso de carro.
A festa de Nossa Senhora das Neves acontece todos os anos no 1º domingo de Janeiro

Pegadas de Dinossauros em Vale de Meios, situadas em Pé da Pedreira, freguesia de Alcanede, é um dos sítios que não pode deixar de visitar na nossa freguesia.

Contém pegadas de Dinossáuros pertencentes ao Período do Jurássico Médio compreendido entre 161 milhões e 200 mil anos atrás, sendo que as pegadas têm cerca de 170 Milhões de Anos. Os donos de tais pegadas foram reconhecidos como dinossáuros terópodes (2 patas) e saurópodes (4 patas),os primeiros predominantes na vida terrestes, sendo estes carnívoros com 2 a 3 metros de altura. Estas mostram que os autores destas pegadas se deslocavam no sentido nascente-poente à velocidade de 5 a 6 Km/h.         

Para ver com os seus próprios olhos esta jazida, visite-nos e surpreenda-se.

Freguesia de Alcanede
Largo D. Afonso Henriques, nº 2
2025-045 Alcanede
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